Este verso do Mestre Nissen Shonin nos ensina sobre a importância da prática do Kushou, ou seja, a prática da pronúncia do Namumyohorenguekyo.
Para sentirmos a verdadeira satisfação da prática da fé é necessária a pronúncia do Odaimoku.
Existe um ditado popular que diz: “A teoria na prática é outra”.Isso quer dizer que por mais que as pessoas nos ensinem a teoria se, efetivamente, não arregaçarmos as mangas e praticarmos, não entenderemos o verdadeiro significado dessa teoria.
O mesmo ditado pode ser empregado em nossa religião. Nos discursos religiosos (Gohomon) aprendemos que a prática do Odaimoku é primordial, mas se realmente não entoarmos o Namu~kyo, será impossível sentir o valor real, a energia, a força que envolve este Odaimoku.
A verdadeira exteriorização da satisfação da prática da fé está no ato de se entoar a oração defronte ao Gohonzon com voz bem firme e em bom tom.
A prática do Kushou é sem dúvida a forma mais simples de prática religiosa se comparada com outras existentes, tais como meditação, leitura de Sutras, penitências, mortificação do corpo, etc.
Entretanto, como a maioria das atividades do ser humano, mesmo esta simples prática muitas vezes é negligenciada. No mundo atual, diversos fatores nos distanciam desta prática pois a vida é conturbada e cheia de afazeres. São os afazeres da casa, do nosso trabalho, da escola. Existem ainda as comodidades tais como: Televisão, vídeo, cinema, etc.
Isso tudo contribui para um certo distanciamento para com o Gohonzon.
“Porém, não se deve vacilar quando se trata da pronúncia do Odaimoku.
É imprescindível que ela seja regularmente e insistentemente praticada para o recebimento do Goriyaku. Muitas pessoas dizem que praticar o Kushou em voz alta é cansativo. Existe um certo acanhamento em soltar a voz. Mas estes são sentimentos que não podem Predominar entre os fiéis da Butsuryu-Shu.
O Namumyohorenguekyo é uma força magnífica que engloba Budas e Deuses; ensinamentos e caminhos; todos os seres vivos; montanhas e mares; tudo que está no céu e na terra.
Portanto, mesmo que com todas as comodidades da vida moderna, mesmo com todos os afazeres diários, após um dia exaustivo é necessário que se encontre, lá no fundo do sentimento, a força de vontade para sentar defronte ao Gohozen e pronunciar, uma vez mais que seja, o Namumyohorenguekyo.
Fonte: Revista Lotus – 5 – http://www.budismo.com.br