Arigatougozaimassu,
Programa Despertar Budista primeiro Programa mês de Abril.
Arigatougozaimashita
Arigatougozaimassu,
Programa Despertar Budista primeiro Programa mês de Abril.
Arigatougozaimashita
Existem pessoas que preferem se sentir infelizes. Por mais que você diga o quanto é importante as suas famílias, a saúde e a harmonia elas não dão a mínima para isso. Estão sempre mais preocupadas em sanar as preocupações e criar outras do que degustar as já solucionadas. Deste modo nunca sentem a felicidade enquanto não perdem boa parte daquilo que não davam valor. É quase sempre assim. Até mesmo para praticar a fé.
O Mestre Nissen Shounin, Fundador do Budismo Primordial HBS, coloca o ser humano, o praticante da fé budista como um ser extraordinariamente afortunado. Vejamos o porquê. Imagine alguém descer um fio de linha desde a estratosfera. Esse fio passar pelo céu em meio à tempestade e vendaval, e ainda assim acertar o buraco da agulha. Realmente seria o cúmulo da pontaria. Buda ensina que nascer humano é milhões de vezes mais difícil que isso. E muito mais difícil ainda nessa vida encontrar com o Darma Sagrado. Isto é, o fato de nascer humano, é uma importante e única condição que nos permite praticar a fé do Darma Sagrado. Baseado nessa ótica podemos dizer que somos afortunados, pois qualquer outro tipo de fortuna seria esgotável.
O Grande Mestre Nitiren coloca também da seguinte forma: “Eu, Nitiren, estudo o Darma de Buda desde a infância e oro muito, pois a vida do ser é muito instável. Após expirar o ar pode não voltar a respirar novamente.” Ou seja, coloca em cada respiração a importância de viver pela fé. Dá para contar quantas vezes respiramos em uma vida. Por mais que pareçam muitas, ainda assim o desperdício de vida é maior. A Religião não existe essencialmente para curar a doença, mas primeiramente para preveni-la, para limitar nossos egos, anseios, ignorância e estupidez. Caso contrário viveremos correndo atrás de bênçãos e mais bênçãos infinitamente, sem mesmo perceber que a benção maior é acabar com o mal pela raiz. O Objetivo da vinda de Buda a este mundo foi isso, deixar o Darma Sagrado para buscarmos um tipo de cura que não permitisse sermos acometidos nunca mais por nenhuma doença. Isso exige um modo de vida e uma consciência religiosa pura, suficientemente capaz de nos fazer perceber que, não praticamos a fé para sermos felizes e que sim poder praticar a fé nos caracteriza como seres verdadeiramente afortunados.
Arcebispo do Budismo Primordial Kyouhaku Correia
Algumas pessoas acreditam que, para serem religiosas, é necessário ter algo para adorar.
Existem várias explicações para o Gohonzon; mas o sentido de adoração seria a vontade de se elevar às alturas em que se acha o Buda, e de se construir um lar, ou uma sociedade, onde se reúnam somente pessoas de boa vontade como Ele.
O Ser de adoração, tomando por base o budista, nunca deve ser um animal ou muito menos um objeto, pois seria querer igualar-se a tal.
A nossa doutrina tem por meta trazer o “Satori” (Iluminação) do Buda à vida cotidiana da nossa sociedade, através da compreensão e de um constante aprimoramento.
Há quem diga não haver diferença entre uma religião e outra, isto é, que todas são iguais.
Mas, na realidade, a verdade é outra. Por exemplo, quem tem o hábito de beber, escolhe a marca que lhe proporciona mais sabor e mais satisfação.
Portanto, para essa pessoa as bebidas não são iguais, mesmo que oriundas da mesma
matéria prima.
Dessa maneira, entre os religiosos existem seguidores de diversas seitas, cada um por achar que a sua é que melhores condições reúne para a própria satisfação espiritual.
Para Nitiren Shonin o Gohonzon se resume na causa, essência e semente da iluminação, ou seja, no próprio espírito do Buda Primordial o Namumyohorenguekyo, que se desperta dentro de nós quando dedicamos orações e atos derivados dela.
Arigatougozaimashita,
Nos dias 2 e 3 de março de 2011 receberemos a visita aqui no Rio Grande do Sul do Arcebispo do Brasil da Honmon Butsuryu-Shu Kyohaku Correia.
Mais um programa Despertar Budista para você acompanhar.
Arigatougozaimashita
Temos pensamentos, sentimentos, expressões e atos. Todos são geradores de carmas. Mas o que mais vale? Uma ação sempre vale mais. Justamente porque é o que comprova com mais eficácia. E se esse ato for uma oração, então, estará incorporando todos os aspectos geradores de carma em sua totalidade e primor. No entanto, o supra-sumo, só o encontrará quem realizar este ato tão simples.
O ser humano sempre buscou a verdade, o belo e o bom. Mas nem sempre de modo concreto. Muitas vezes se contentou com algo abstrato. O próprio conceito de verdadeiro, belo e bom, dependendo do modo de pensar também pode ser vago. Mas vale aqui conceituar no modo primordial budista. Verdade: Permanente, igual para todos. Belo: Transitório, circunstancial. Bom: Para outrem, altruísta. Normalmente através do belo e do bom buscamos a verdade, já que muitas vezes faltam parâmetros. E quanto mais durar o belo e o bom normalmente sentimos estar
mais próximo da verdade. Ao menos é a sensação que fica.
Mas a cada dia que passa parece ficar mais difícil detectar as coisas, pois tanto elas se misturam às ilusões, egos e anseios que muitas vezes sem perceber acaba-se chegando a um conceito de verdadeiro íntimo, que muitas vezes não passa de uma distração pessoal. É uma pena, pois muitas vezes a duração prolongada dessa distração pode desperdiçar uma vida, muitas vidas, e quando percebemos pode ser tarde demais. Não é buscar um sentido para vida é colocar algum em prática para se certificar da eficácia, da duração, da benevolência, da sensação. O que não podemos é ficar desiquilibrados, estagnados e perdendo tempo com sentimentos, mágoas e receios. Na busca do melhor cada dia é uma vida, pois se encontrar hoje valeu à pena ter vivido. Desde a antiguidade o mundo caminha em busca dos sentidos e rumos similares, mas dificilmente são encontrados em modo abstrato ou vago. Na verdade , são nas sutilezas, nos detalhes do desprendimento pela fé e compaixão que toda essa busca se torna ilimitada, deixa de ter fronteiras e por si só se completa. Não tem lógica dar a vida por alguém e perder a própria. Não faz sentido perdoar alguém que te ofendeu e também parece irracional orar quando tudo parece estar perdido. Mas são justamente em atos como esses é que encontramos o verdadeiro, o bom e o belo, e tudo maravilhosamente em perfeita harmonia.
Odoshi Kyouhaku Correia – Arcebispo do Budismo Honmon Butsuryu-Shu do Brasil