Hoje faço um convite à todos de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.
Quem quiser fazer parte ou saber mais sobre o Budismo Primordial – Honmon Butsuryu-Shu.
Nos dias 03,05 e 05 de Dezembro de 2011 receberemos a visita do Monge do Budismo Primordial Shintoku Macedo que é o novo responsável pela expansão do Budismo aqui no estado.
Essa é uma ótima oportunidade para todos que desejam conhecer o Budismo Primordial.
Quem deseja receber mais informações ou a visita basta enviar um e-mail com nome completo, endereço e telefone para contato.
A modernidade está envolta em tecnologia, racionalismo e materialismo. Como se soubesse deste perigo, Buda deixou ensinamentos e métodos de prática que proporcionam a felicidade, mesmo em circunstâncias adversas à iluminação. Estes ensinamentos estão nos capítulos de 15 a 22 do Sutra Lótus que falam da fé e de compaixão (solidariedade) como práticas fundamentais.
A própria Flor de Lótus é um símbolo disso. Ela desabrocha em mangues e nem por isso a flor se macula com as impurezas do local. O mundo impuro seria este em que vivemos, tomados pelos três venenos, e a Flor de Lótus é a prática transformadora na fé e na compaixão, em sintonia com Buda. Assim essa flor jamais se manchará. É importante salientar que esta flor possui a característica de desabrochar junto com a semente do próximo fruto. Portanto se perpetua, assim como deve se perpetuar e gerar frutos as práticas dos budistas.
Desta forma, podemos concluir que o Buda, como uma mera imagem, não é alvo de veneração, assim como ele próprio ressaltou. A grande contribuição do Budismo para o mundo neste novo milênio é a concepção não fragmentada de ser humano, que prioriza o “Ser” independente da sua imperfeição e que têm como meta: “orar pela harmonia do universo, através da prática das virtudes, do aprimoramento espiritual e da solidariedade dos seres”. Devemos compreender também que o Budismo deve se vincular diretamente aos ensinamentos de Buda e não das interpretações dos fundadores das facções ou de seus seguidores.
A religião budista é exclusivamente fundada pelo Buda primordial e fundamentada pelos ensinos primordiais. Buda deixou oitenta e quatro mil ensinamentos, mas segundo ele mesmo falou, a essência da doutrina está no ensinamento do Sutra Lótus. Este texto começa dizendo: “As portas da iluminação se abrirão para todos, indiscriminadamente, com uma única condição: a fé e a compaixão” fé como sentimento que nos une através da essência, e compaixão como atividade que nos une através da prática e vivificação desta essência.
Portanto, a religião budista não é meramente filosofia ou um exercício como algumas vezes é interpretada, mas sim algo que parte da experiência religiosa e atinge a prática, na vida de qualquer um.
O mundo continuará a se transformar, porém, as pessoas também precisarão da transformação no universo do espírito com uma conseqüente prática transformadora. Isto não significa tornar-se um super-homem, mas num verdadeiro homem de fé e de compaixão, que desempenha, com afinco, suas atividades neste único e real momento.
Geralmente quando as pessoas ingressam numa religião, esperam obter segurança e proteção divina durante a vida e “descanso” após a morte. Mas será que basta apenas dizer que somos fiéis de uma religião e venerar uma imagem, que nós conseguiremos aquilo que almejamos? Para os que estão iniciando a prática da fé na Honmon Butsuryu-Shu, é necessário um conhecimento prévio para que futuuramente não tenham uma decepção. A religião budista Honmon Butsuryu-Shu em hipótese alguma admite que um fiel misture qualquer outra religião, seita ou crença popular junto a sua. A isto chamamos de “Houbou”. No momento em que recorremos a uma outra religião, demonstramos que possuímos um sentimento inseguro, o que é muito prejudicial. A própria palavra fé descarta a possibilidade de uma miscelânea de religiões, seitas ou crenças. Fé significa confiança e credibilidade, é isso que devemos sentir em relação ao “Gohouzen”. Mas isso não é suficiente para que possamos receber a sua proteção. Precisamos saber de alguns procedimentos que devem ser seguidos para que a fé dê bons frutos. Explicaremos quais são esses procedimentos que consistem na prática da nossa fé. Primeiras Lições Um novo fiel se converte em nossa religião, apresentado por um padrinho ou madrinha. Ele preenche a ficha de inscrição e a partir daí fará parte de um grupo do templo. Mas antes é preciso fazer algumas observações que são extremamente importantes: 1 – Aprender a dirigir preces no altar de sua residência; 2 – Fazer amizade com o chefe de grupo; 3 – Aprender a comparecer aos cultos dos templos; 4 – Quando um chefe de grupo visitar sua casa, recebê-lo cordialmente; 5 – Não emprestar nem pedir empréstimos de dinheiro entre os fiéis. Sabendo disso vamos falar um pouco de nossa religião no Brasil. A religião Budista Honmon Butsuryu-Shu do Brasil, possui 11 templos tendo como sede o Templo Central Nikkyoji em São Paulo. Suas filiais são: Templo Ryushoji (Mogi das Cruzes – SP), Templo Butsuryuji (Taubaté – SP), Templo Taissenji (Lins – SP), Templo Rentokuji (Campinas – SP), Templo Nissenji (P. Prudente SP), Templo Hoshoji (ltaguaí – RJ) Templo Hompoji (Londrina – PR), Templo Honmyoji (Maringá – PR), Templo Nyorenji (Curitiba – PR) e Templo Shinyouji (Cuiabá – MT). Os fieis de cada templo são diivididos em grupos ou em cidades (Kumi). Essa divisão é baseada em localidades onde existem aglomerados de fiéis, que por sua vez recebem o nome do bairro ou da cidade. Em São Paulo os grupos – devido ao seu grande número – estão contidos em regiões de um a sete. Cada grupo possui um responsável (dirigentes) que tem a missão de dar assistência aos fiéis. Essa assistência consiste em dar avisos das programações dos templos, dos cultos grupais, receber as mensalidades e doações etc., além de representar o grupo em decisões tomadas nas reuniões dos dirigentes, realizadas no templo mensalmente. “Okyuji” da manhã A palavra “okyuji” significa servir. Essa palavra assume uma importância maior que a própria prática da oração do Namumyouhourenguekyou e do aprendizado dos ensinamentos. A prática de servir possui essa importância, porque para nós o “Gohonzon” (Imagem Sagrada) está vivo. Pensando dessa maneira, devemos respeitá-lo e venerá-lo como tal, atitude essa para nós, uma demonstração de fé. Desse modo, nós sempre estaremos protegidos por Ele, recebendo sua graça (Goriyaku) constantemente. Portanto servir o “Gohouzen”, significa limpar o altar diariamente, fazer oferendas, etc. Mas antes de entrar no assunto em relação à limpeza, falaremos sobre o altar. Na nossa seita, não existe um padrão estético de altar. Geralmente ele é feito de acordo com o gosto de cada fiel. Existem altares de tamanhos diferentes, de formatos diferentes e assim por diante. Mas é importante ressaltar que o seu interior seja padronizado, ou seja, que possua no mínimo dois patamares, o superior reservado exclusivamente para o “Gohonzon” e o inferior para os objetos que compõe o altar. Esses objetos consistem em um ou dois castiçais, um vasilhame para depositar incensos, um vasilhame de água (do tamanho de um copo), um ou dois vasos de flores e um livro de registros de falecidos da família. Os outros acessórios podem ser dispensados. Fora do altar, devemos ter o sino ou o “orin” que é usado pelas pessoas que comandam um culto. Os objetos de limpeza, como o pano, espanador, óleo, etc., além de fosforos, velas, incensos, flores, etc., devem ser exclusivos do Gohouzen. Ou seja, não devemos usar panos de cozinha para limpar o altar, assim como não usamos pano de limpar o chão para limpar os pratos. A limpeza do Gohouzen, obviamente deve ser feita pela pesssoa que pratica a fé e não por uma faxineira que limpa a casa. Devemos entender que o Gohouzen é quase intocável e só as pessoas mais aptas devem limpá-lo para evitar um procedimento errado. Dados esses detalhes, vamos ao procedimento da limpeza do altar. Em primeiro lugar devemos acostumar a usar o “masku” ou o “fukumen” (mascara que cobre o nariz e a boca). Isso para eviitar que o ar que expiramos não atinja o Gohouzen e a seus objetos. Feito isso, devemos primeiramente trocar a água do Gohouzen, que fica dentro de um pequeno vasilhame colocado no centro sobre o patamar inferior. Essa água ao ser trocada deve ser despejada dentro de um copo (também exclusivo) para ser bebida e não jogada fora. Para colocar o “Hatsu mizu” (primeira água do dia) no Gohouzen, devemos encher da torneira em um copo separado e depois ser despejada dentro do vasilhame. Depois disso vamos limpar o altar e seus objetos. Quanto ao “Gohonzon” o quadro onde está escrito o “Namumyouhourenguekyou”, a limpeza deve ser feita de forma periódica e sob orientação. A limpeza do altar deve ser feita rigorosamente todos os dias, de preferência na parte da manhã. Como não nos sentimos bem em morar num lugar sujo, o Gohouzen também se sente mal sem a limpeza. Após a limpeza, simbolicamente esterilizamos ou purificamos o altar com o “Hiutichi”, ou seja, com a faísca produzida por uma pedra e uma lima em atrito. Essa faísca seria o fogo que queima e elimina as sujeiras que produzimos durante a limpeza. Quanto ao Gohouzen, o importante é a nossa primeira refeição ou seja, o café e o pão devem ser colocados todos os dias. Muitas casas ou o próprio templo servem o arroz (cozido) dentro de uma taça, isso porque mantém a tradição do Japão onde a primeira refeição é o arroz. As outras oferendas como frutas, guloseimas, biscoitos, etc., também podem ser servidos. Mas os alimentos perecíveis devem ser retirados logo, porque seu aspecto torna-se ruim. Geralmente retira-se meia hora depois de servir. Todas as oferendas devem ser servidas antes de comermos. Devemos sempre colocar em mente que devemos servir primeiro o Gohouzen. Quanto as flores, elas sempre devem ser naturais e não artificiais. Substituí-las quanndo murcharem e trocar sempre a sua água para evitar o mau cheiro. Tudo o que foi dito até agora parece desnecessário e trabalhoso demais. Mas se nós tomarmos o cuidado necessário para com o Gohouzen nós sempre estaremos protegidos por Ele, porque nós deemonstramos respeito e isso faz com que acumulemos mais “Kudoku” (virtudes), para recebermos o Goriyaku. Dito isso, passaremos para a segunda prática mais importante que é o “Kushou”. Kushou Denominamos de Kushou a prática de pronunciar repetidas vezes a palavra sagrada Namumyouhourenguekyou. Na nossa religião, essa prática é de suma importância. Ela é tão importante quanto o ar que respiramos para nossa sobrevivência. Tudo gira em torno dela. Para que possamos sentir o efeito dessa prática, é necessário, antes de qualquer coisa, sentir que o Namumyouhourenguekyou esteja vivo. Em outras palavras, devemos acreditar e confiar. O Mestre Nitiren, ao longo de sua vida, pesquisou e estudou todas as religiões, chegando à conclusão de que a única prática que possibilita a nossa salvação seria somente a pronúncia do Namumyouhourenguekyou. Seria inútil tentar explicar o seu significado, uma vez que, ao fazê-lo, teremos que recorrer às escrituras e pergaminhos desde os tempos do Buda histórico. Se o Mestre Nitiren dedicou sua vida estudando para transmitir essas palavras, devemos aceitá-las e praticar a sua pronúncia. Para provar gue é sagrada basta lembrar que o próprio Mestre Nitiren, por varias vezes, foi salvo pronunciando essa palavra. Espero que essa explicação seja convincente aos principiantes e aos curiosos que realmente desejam receber a graça do Gohouzen. A fé que praticamos não consiste em entender o significado da palavra sagrada e muito menos em aprender a teoria budista. Se nós desejamos receber o “Goriyaku do Gohouzen” basta somente participar do Kushou. Para explicar melhor daremos um exemplo de nosso dia-a-dia. Quando contraímos uma doença muito grave, logicamente vamos ao médico. O médico examina e receita um remédio, garantindo que tomando-o nos curaremos. Será que nessa hora duvidaremos da palavra do médico? Será que tentaremos saber o conteúdo do remédio lendo sua bula? Nesta hora logicamente ninguém fará isso. Acreditará no médico e tomará o remédio prontamente. Quando praticamos a HBS devemos proceder da mesma maneira. Assim como no exemplo dado, a doença não será curada lendo a bula e sabendo seu significado, nós também não conseguiremos a nossa salvação ou receber o Goriyaku lendo ou entendo as escrituras e teorias budistas. Pronunciar o Namumyouhourenguekyou seria ao ato de ingerir o remédio. Enfim, podemos dizer que toda força e energia estão contidas na palavra Namumyouhourenguekyou. Como pronunciar Qualquer tipo de prática pressupõe certas regras, métodos e disciplinas. Sem elas, qualquer objetivo que tentamos alcançar, seria impossível. Na nossa religião o Kushou não é diferente das demais práticas. Para conseguirmos receber o Goriyaku, não devemos pronunciar a palavra sagrada de qualquer modo. Devemos fazer o máximo possível para concentrarmos na oração. Essa concentração consiste em fixar os olhos no quadro onde está escrito o Namumyouhourenguekyou sem desviar a atenção, pronunciando essa palavra com voz alta e nítida para que outras pessoas posssam ouvi-la. Quanto à postura, a coluna deve estar sempre ereta e firme. Quando estamos orando no altar da residência devemos tomar certas precauções a fim de não incomodarmos outras pessoas. Dependendo do local e horário, é necessário controlar a altura da voz. Okankin O Okankin é a oração que fazemos no altar da nossa residência na parte da manhã e da noite. Recomendamos aos fiéis que pratiquem o Okankin junto com toda a família. Isso porque rezamos na parte da manhã (antes de sair pro trabalho, escola, compra, passeios, etc.), para que possamos viver imunes a qualquer perigo que possa ocorrer durante o dia. E à noite a oração é feita para agradecer pelo dia que transcorreu. Recomendamos também a pronunciarem cerca de mil vezes a palavra Namumyouhourenguekyou durante a parte da manhã e mil vezes durante a noite (cerca de 15 a 30 minutos dependendo do ritmo). Bem, todos esses procedimentos são o mínimo que um fiel desta religião deve praticar. Mas como somos seres humanos, cometemos erros e negligências. Mesmo assim é importante praticá-los porque algum dia a fé se tornará sólida e a prática um prazer. Houbou Na HBS a prática do Houbou é tão grave quanto matar nossos próprios pais. Desmembrando a palavra japonesa, teremos: Hou que diz respeito ao Hokekyou Sutra Lótus e o Bou que significa desprezo, desobediência e dúvida. Assim podemos dizer que “Houbou” é todo ato contrário aos ensinamentos religiosos. O “Hokekyou”, palavra citada acima, é a grande lei da salvação do ser humano que nos permite receber o Goriyaku (proteção) do passado, presente e futuro. Quando praticamos orações na parte da manhã e da noite, logo no início nós pronunciamos o Mushirai Houbouzai Shoushometsu … Isso significa que estamos fazendo penitência por termos praticado o “Houbou” na vida passada e na vida atual, prometendo, ao mesmo tempo, que não praticaremos o “Houbou” e nos dedicaremos de corpo e alma à prática do Odaimoku (repetição do Namumyouhourenguekyou). Vamos enumerar alguns exemplos de prática do “Houbou”: I – Participar de cerimônias religiosas de outras seitas no intuito de buscar algum tipo de proteção. E óbvio que nós não somos rigorosos a ponto de não permitirmos que se participe de casamentos religiosos de formatura e etc.; II – Recorrer a videntes, acreditar em quiromancia, búzios para “saber” do nosso futuro. Nós não acreditamos em videntes, profetas ou qualquer que seja o indivíduo que diz possuir poderes sobrenaturais para “ver” o futuro. Isso é pura bobagem; III – Fazer “encomenda” para prejudicar alguma pessoa ou recorrrer a algum benzedeiro ou “curador” na intenção de restabelecer a saúde de alguém; IV – Adorar ou expor imagens ou figuras de Santos de outras religiões. Muitos fiéis, sem nenhum conhecimento, fixam na parede de suas residências objetos artísticos com temas religiosos ou figura de santos. Outros compram o “Buda da Sorte” (estatueta de um monge sentado com uma barriga avantajada) colocando-o de costas para melhorar ou manter a situação financeira. Devemos dizer que esse “Buda” nada tem a ver com o Budismo. É uma crença barata que enriquece os fabricantes e os comerciantes dessa imagem; V – Averiguar a força de nossa religião aventurando-se em outras seitas estudando-as. Esse procedimento não é recomendável por ser extremamente perigoso para nossa mente. Ler e conhecer outras religiões é permitido somente se a pessoa não se engaje na leitura, ou na cerimônia, ou seja, que ela não se envolva a ponto de ser um participante; VI – Participar de romarias em cidades ou templos religiosos; VII – Comemorar dias santos. Os fiéis de nossa seita não comemoram um Natal, comemoram todos, a Páscoa etc. Essas datas têm um profundo significado religioso e seria incoerente sua comemoração. Mas como hoje, todos trocam presentes sem saber seu significado, nós também podemos fazê-lo. Para nós os feriados dos dias Santos são apenas para descanso. Quanto ao fato de não comer carne na Semana Santa dispensa comentários. Comprem e comam à vontade porque é nessa semana que é mais barato. Enfim, qualquer coisa referente à outra religião que nos distacie da nossa, é considerado Houbou. Existe um ensinamento que diz: “Assim como a lua não se expõe enquanto existir nuvens no céu, o Goriyaku (proteção) também não aparecerá enquanto existir o Houbou”. Por isso, no caso de alguma dúvida sobre o “houbou”, pergunte a um bispo ou sacerdote. Gohoumon O “Gohoumon” é o discurso religioso proferido pelos sacerdootes nos cultos, visando o ensinamento da prática da fé. A denominação “Gohoumon” foi feita pelo Mestre Nissen (1817 ~ 1891), justamente para diferenciar os termos usados por ouutras religiões e ensinar os verdadeiros ensinamentos de Buda. O “Gohoumon” é para os fiéis o alimento da fé. Sem Ele é como o corpo que enfraquece por falta de vitamina. Para recebermos o “Goriyaku” (proteção do Gohouzen), é neecessário praticar a fé corretamente. Isso nós só conseguiremos ouvindo o “Gohoumon”. Abaixo, alguns itens em relação aos cuidados que devemos tomar em ouvir os “Gohoumons”. Ouvir com Seriedade Infelizmente existem muitos fiéis que praticam a religião há muito tempo, mas nunca receberam o “goriyaku” e não conseguem superar as dificuldades do dia-a-dia. Esses são os fiéis que não ouvem o “Gohoumon” com seriedade. Na hora do “Gohoumon” ele pensa no trabalho, na família, no futebol ou simplesmente, “tira uma soneca” ou ainda ficam a contemplar os espaços siderais e outras coisas. É uma pena que isso aconteça, porque desperdiçam a oportunidade de fortificar a fé. Nós devemos sempre pensar que nunca mais ouviremos aquele “Gohoumon” novamente, na qual poderia estar a semente de um Goriyaku futuro. Respeito ao Ouvir O “Gohoumon” não pode ser alvo de críticas. Não se pode dizer que o “Gohoumon” foi bom ou que foi ruim, que gosta do “Gohoumon” de tal sacerdote, etc. Devemos pensar que o “Gohoumon” é o discurso do próprio Buda e não do sacerdote que o profere. Goyushi “Goyushi” é toda doação voluntária que fazemos, tanto em dinheiro como em objetos para o templo, para a Ajub, ABC, etc. Existem vários tipos de Goyushi, por exemplo: podemos fazer Goyushi, em dinheiro, como agradecimento pelo bom mês que passou, por ter conseguido ingressar na faculdade, por ter recebido algum Goriyaku, pelo aniversário, etc. Podemos também fazer Goyushi em materiais de limpeza, ou mesmo comestíveis, quando ocorre algum evento no templo que disso necessite. Além disso tudo há o Goyushi especifico que se faz para comprar velas para o Gohouzen (Onrousokuryo), para compra de flores para o Gohouzen (Ohanaryo). Em principio não são estabelecidas quantias determinadas para o Goyushi. Como são doações voluntárias, fica a critério do sentimento da pessoa que efetua o Goyushi. Porem, como o Goyushi traduz o seu sentimento, deve-se praticá-lo nas máximas possibilidades. Como se pode perceber o Goyushi tem dois importantes itens: I – pratica-se o Goyushi no sentido de zelar pelo Otera, não deixando que nada lhe falte; II – praticar o Goyushi no sentido de esforçar-se para que a expansão da nossa religião seja fortalecida. Existem também as doações destinadas às grandes construções (Kinen-goyushi), que poderão ter valores pré-determinados, para orçamento, por exemplo, a fim de firmar contratos, para determinados objetivos. Portanto, o Goyushi não deve ser efetuado como uma obrigação e sim demonstrar satisfação na sua prática. Ekou Ekou (ou Goeko) é geralmente considerado como a prática do culto aos antepassados. Nós, como fiéis da Honmon Butsuryu-Shu recebemos a bênção do “Gohouzen” de poder de pronunciar o “Namumyouhourenguekyou” e através desse “Kudoku” transferir às almas mortas o “Kahou” de entrar para o mundo de Buda, o Nirvana. Dentro da Religião Honmon Butsuryu-Shu existem vários tipos de preces, de orações (“Gokigan”) e para que essas preces sejam atendidas, concretizadas é necessário, acima de tudo, da prática do “Kushou”, ou seja, da prática da pronúncia constante do “Namumyouhourenguekyou”. Porém acima das preces (Gokigan) existe a prática do “Ekou” aos antepassados. O sentido da palavra Ekou, de acordo com o ideograma japonês, significa transmitir o Kudoku que nós acumulamos para outras pessoas e contribuir para que essas pessoas consigam receber o Goriyaku e com a alegria do recebimento deste Gooriyaku, o retorno a nós em forma de Kahou. Por isso, na realidade, o Ekou pode ser tanto para os mortos quanto para os vivos, pois, nós vivos também necessitamos e almejamos a paz pessoal e a harmonia do Universo. Portanto não se deve esquecer de fazer Ekou perante ao Gohouzen. Consta nos ensinamentos da nossa Religião a importância de quando for uma data especial de falecimento, ir no templo e prestar oração a essa alma. O Ekou não é só para os nossos parentes mortos, pode ser também para as almas dos amigos mortos. Para nós fiéis da Honmon Butsuryu-Shu um Ekou importante é a reverência aos Grandes Mestres, o chamado “Daion Housha”. (artigo posterior) Todos os dias deve-se praticar o Ekou para assim receber o Goriyaku e o dia transcorre sem acidentes. Dentro da nossa Religião temos, o Livro de Antepassados (Kakotyou) de nosso oratório residencial ou do nosso Templo, onde deve ser inscrito os nomes de todos os falecidos para o Ekou em seus respectivos dias de falecimento, evitando esquecimentos e/ou acúmulo “Oihai” e papeizinhos dentro no do nosso oratório. Conforme os ensinamentos, então, a prática do Ekou aos antepassados é muito importante e para tanto existem várias datas comemorativas de morte. Para essas comemorações especiais existe uma tabela que nos diz quais serão os anos especiais. Primeiro ano, terceiro, sétimo, décimo terceiro ano, etc.
“A fé é pronúncia. A não pronúncia e só satisfação não consistem na verdadeira fé.”
Este verso do Mestre Nissen Shonin nos ensina sobre a importância da prática do Kushou, ou seja, a prática da pronúncia do Namumyohorenguekyo.
Para sentirmos a verdadeira satisfação da prática da fé é necessária a pronúncia do Odaimoku.
Existe um ditado popular que diz: “A teoria na prática é outra”.Isso quer dizer que por mais que as pessoas nos ensinem a teoria se, efetivamente, não arregaçarmos as mangas e praticarmos, não entenderemos o verdadeiro significado dessa teoria.
O mesmo ditado pode ser empregado em nossa religião. Nos discursos religiosos (Gohomon) aprendemos que a prática do Odaimoku é primordial, mas se realmente não entoarmos o Namu~kyo, será impossível sentir o valor real, a energia, a força que envolve este Odaimoku.
A verdadeira exteriorização da satisfação da prática da fé está no ato de se entoar a oração defronte ao Gohonzon com voz bem firme e em bom tom.
A prática do Kushou é sem dúvida a forma mais simples de prática religiosa se comparada com outras existentes, tais como meditação, leitura de Sutras, penitências, mortificação do corpo, etc.
Entretanto, como a maioria das atividades do ser humano, mesmo esta simples prática muitas vezes é negligenciada. No mundo atual, diversos fatores nos distanciam desta prática pois a vida é conturbada e cheia de afazeres. São os afazeres da casa, do nosso trabalho, da escola. Existem ainda as comodidades tais como: Televisão, vídeo, cinema, etc.
Isso tudo contribui para um certo distanciamento para com o Gohonzon.
“Porém, não se deve vacilar quando se trata da pronúncia do Odaimoku.
É imprescindível que ela seja regularmente e insistentemente praticada para o recebimento do Goriyaku. Muitas pessoas dizem que praticar o Kushou em voz alta é cansativo. Existe um certo acanhamento em soltar a voz. Mas estes são sentimentos que não podem Predominar entre os fiéis da Butsuryu-Shu.
O Namumyohorenguekyo é uma força magnífica que engloba Budas e Deuses; ensinamentos e caminhos; todos os seres vivos; montanhas e mares; tudo que está no céu e na terra.
Portanto, mesmo que com todas as comodidades da vida moderna, mesmo com todos os afazeres diários, após um dia exaustivo é necessário que se encontre, lá no fundo do sentimento, a força de vontade para sentar defronte ao Gohozen e pronunciar, uma vez mais que seja, o Namumyohorenguekyo.
Arigatougozaimashita,
O Kushou que é o ato de recitar o ODAIMOKU ( Título do Sutra Lotus) que consiste na pronúncia do Namu-Myohou-Rengue-Kyou é umas das pricipais práticas do budismo de Nitiren Daibossatsu juntamente com o Okyuuji que é o zelo que temos que ter com o Gohonzen (altar que é montado em um butsudan) que possui a escritura sagrada do Gohonzon.
Como qualquer prática temos que seguir de forma correta e por se tratar do mantra sagrado da iluminação devemos recitar de forma clara e correta.
Como vivemos no Brasil e a lingua portuguesa ser compeltamente diferente da japonesa surgem algumas dificuldades, mas com esse post ficará mais fácil de começar a sua prática.
A pronuncia incorreta não anula o grande poder do mantra dos mantras e sabemos que o mais importante do que a pronúncia correta é o sentimento puro na hora de realizar o Odaimoku, mas isso não exclui a busca pelo aperfeiçoamento, lembre-se Budismo é prática estudo e fé.
Marcamos o ritmo das orações batendo com o punho nsobre a coxa ou batemos as clavas. Criando um compasso uniforme para a pronúncia da oração. De qualquer modo, serão sempre seis batidas (compassos) para uma pronúncia da oração, independente da velocidade que oramos. Tudo isso caracteriza a HBS e foi criado pelo Mestre que modernizou e popularizou o budismo: Nissen Shounin.
No Sutra Lótus consta que o Odaimoku (Namumyouhourenguekyou) é o mantra dos mantras. Gohonzon.
Seguimos abaixo com a explicação fonética da oração:
Pausadamente: Namu-myou-hou-ren-gue-kyou.
Sons …
“Namu”, apenas acrescentando um acento no “Ná” estaremos pronunciando corretamente.
“Myou”, é como se fosse “Mio” rápido. O “y” no lugar do “i” dá essa idéia de uma só sílaba.
“Hou”, é como se escrevesse “Ro” de por exemplo “rodoviária”.
“Ren”, seria um “Ren” de por exemplo “merenda”.
“Gue”, seria um “Gue” de por exemplo “guerreiro”.
“Kyou”, seria um “Quio” de por exemplo “quiosque”, só que não “quiósque”, mas sim “quiôsque”.
Finalmente, é bom lembrar que todas as sílabas que terminam com “ou” como, “myou, hou, kyou” pronunciam-se como se fossem dois “ós”. Ex: Myoo, Hoo, Kyoo. Pois são sílabas que se estendem pelas narinas.
Porém, quando a velocidade da pronúncia aumenta, e muitas vezes acontece isso, pronunciamos os sons explicados acima, como se fossem:
(obs: numeração em imagem em cima das sílabas)
1 2 3 4 5 6
Rapidamente: Nám-mio-rô-ren-gue-quiô. (Nota-se que segue-se as regras das seis batidas). Agora, deixaremos para seu treinamento constante diante do Gohozen (Altar) exercitando em todo e qualquer lugar que puder orar, mesmo que somente dentro do coração. O som pode ser ouvido e sentido, nem sempre reproduzido com perfeição. Mas, quando perpetuarmos esta oração dentro de nós, naturalmente ela será a nossa voz única e portanto a mais bela de todas.